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Aqui nós trataremos um pouco sobre a vida no mundo virtual e no espaço publico. Até onde sua vida na intenet é privada? É correto empresas checarem o perfil do funcionário na web? Responderemos a todas essas questões para todos aqui no nosso BLOG AddMe+...

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Expressão Virtual

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Posted on : 19:31 | By : Add Me



O crescimento das redes sociais no Brasil é assustador. No mês de janeiro deste ano, o twitter registrou 73,5 milhões de usuários únicos, um aumento de 8% em relação ao mês anterior. Ainda em janeiro, houve cerca de 1 bilhão de tweets. Já o Facebook, que sempre ficou a sombra do popular Orkut, cresceu em 40% o número de usuários cadastrados no Brasil entre os meses de abril e maio. Mas não é apenas a estatística que impressiona, mas o que está por atrás dela. Porque as pessoas se interessam tanto nas novas redes sociais? O que elas gostam de dizer? É isso que vamos descobrir agora.
A juventude do século XXI
Os jovens são os que tem maior interesse nessas novas mídias, o que é aceitável, já que a tecnologia faz parte do crescimento dessa geração, mas os mesmos são criticados por sua suposta inércia diante de fatos considerados relevantes segundo os olhos da sociedade como, política, meio ambiente e corrupção. Mas o mundo está começando a enxergar é que os jovens expressam sim sua opinião, mas não mais no campo físico, mas no virtual.
É cada vez mais comum vermos assuntos importantes para um país serem discutidos no twitter, não apenas por anônimos, ma sim pessoas que são formadores opinião e estão presentes nessas novas mídias, como Marcelo Tas, Willian Bonner, Millor Fernandes e tantos outros.
Para a mestranda em comunicação e informação, Gabriela Zago a manifestação criada através das redes sociais, leva as pessoas a se expressarem no campo físico: "No on-line, o jovem toma conhecimento dos grandes problemas, e a discussão gerada nas redes sociais, estimula a fazer manifestações nas ruas, como foi o caso Sarney", explica. O caso Sarney ocorreu em meados do ano passado, quando o presidente do Senado José Sarney foi acusado de inúmeros favorecimentos a parentes em cargos em seu gabiente, além de outras denúncias. A revolta foi instantânea, principalmente no twitter, o tag #forasarney fico por várias semanas entre os assuntos mais comentados no microblog. Personalidades como Marcelo Tas e Marcos Mion se envolveram na manifestação, que chegaram as ruas graças a organização de usuários do twitter.
O Twitter ganhou destaque na grande mídia durante as manifestações ocorridas na Moldávia no início de 2009, em que os jovens organizaram-se por meio dessa ferramenta da web 2.0. A ferramenta também esteve presente no debate político e na movimentação da oposição durante as eleições presidenciais no Irã em 2009. Durante o Apagão elétrico no mesmo ano as primeiras informações das regiões atingidas pelo blecaute foi fornecida através dos usuários do Twitter, através de postagens via celular, e lida por emissoras de rádio que faziam plantão naquele momento. O ato de protesto gerado em frente a delegacia onde estava preso o ex-governador do Distrito Federal, José Arruda, foi organizado entre Orkut e twitter. A ONG Projeto Legal (uma das responsáveis por soltar um dos assassinos do menino João Hélio) teve que enviar pelo twitter uma DM (Direct Message) a todos os usuários que a criticava. Ou seja, as mídias sociais estão sendo usadas como ferramentas para unir grupos, tribos em volta de uma manifestação social. Ou Seja, Outros atos públicos, como o protesto gerado em frente a delegacia onde estava preso o Agora, primeiro acontece no mundo virtual e depois vai par ao real.
Política nas redes sociais
Outro fenômeno interessante nas redes sociais é vermos políticos como usuários da mesma, como o senador Sarney. Mesmo sendo arredio com a imprensa tradicional, o senador teve que se envolver nessa nova ´mania´, e para isso contratou jornalistas para dnfendê-lo das acusações. Os candidatos a presidência da república, como José Serra Dilma Rousseff e Marina Silva também são usuários assíduos do microblog. Mas ninguém até hoje na política soube usar tão bem a internet como Barack Obama.
Na última campanha presidencial Americana, o democrata Barack Obama, investiu cerca de 47 milhões de dólares na internet, o que em parte explica os 5 milhões de pageviews únicos obtidos em somente um vídeo postado no site oficial da campanha. Obama revolucionou a internet na campanha. Ele lançou o candidato à vice-presidência pelo Twitter. Tinha 150 mil pessoas acompanhando, hora a hora. Teve 92 milhões de acessos em seu portal. E no fim de 2009, contratou uma pessoa para trabalhar na Casa Branca para apenas gerenciar suas contas nas redes sociais, como também para moderar os comentários em seu portal.
No Brasil, apesar do grande número de políticos conectados a essas novas redes, eles ainda não conseguem extrair o melhor dessas novas mídias: o contato direto com o eleitor. "Estar presente nas redes sociais em 2010 não será o suficiente para colher sucesso nas urnas", adverte Gabriela Zago. "Será preciso montar estratégias criativas, inéditas e que trabalhem a customização das mensagens para públicos específicos, deixando de lado os boletins generalistas." Para ela, esse foi o grande trunfo da campanha eleitoral de Obama.
Do relevante ao banal
As redes sociais não abordam apenas assuntos sérios, mas também é o lugar de discussão sobre futebol, tv, entre outros temas. O reality show Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo, foi amplamente comentado e discutido no twitter. Eram feitas campanhas para um candidato ficar e outro ser eliminado, e o que foi mais curioso, é que a preferência do público virtual sempre prevaleceu no resultado final do programa. Isso tem explicação, foi a partir dessa edição que o voto pela internet começou a ter o mesmo valor do feito pelo telefone ou SMS, ou seja, este fato comprova que cada vez mais a TV e a internet estão se interagindo cada vez mais, mas segundo Gabriela, nunca uma substituirá a outra: "A internet veio complementar a televisão, o público vê um programa pela TV e faz comentários pela internet. A tendência é que a interatividade entre esses dois meios só aumente com o avanço da tecnologia".
É o melhor caminho?
Essa nova forma de manifestação poderá dar ao jovem brasileiro uma visão mais ampla e comprometida com o seu papel social e político? Só o fato de eles expressarem sua opinião já é válido, mas não custa lembrar a frase do escritor José Saramago: "Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido".


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