O crescimento das redes sociais no Brasil é assustador. No mês de janeiro deste ano, o twitter registrou 73,5 milhões de usuários únicos, um aumento de 8% em relação ao mês anterior. Ainda em janeiro, houve cerca de 1 bilhão de tweets. Já o Facebook, que sempre ficou a sombra do popular Orkut, cresceu em 40% o número de usuários cadastrados no Brasil entre os meses de abril e maio. Mas não é apenas a estatística que impressiona, mas o que está por atrás dela. Porque as pessoas se interessam tanto nas novas redes sociais? O que elas gostam de dizer? É isso que vamos descobrir agora.
A juventude do século XXI
Os jovens são os que tem maior interesse nessas novas mídias, o que é aceitável, já que a tecnologia faz parte do crescimento dessa geração, mas os mesmos são criticados por sua suposta inércia diante de fatos considerados relevantes segundo os olhos da sociedade como, política, meio ambiente e corrupção. Mas o mundo está começando a enxergar é que os jovens expressam sim sua opinião, mas não mais no campo físico, mas no virtual.
É cada vez mais comum vermos assuntos importantes para um país serem discutidos no twitter, não apenas por anônimos, ma sim pessoas que são formadores opinião e estão presentes nessas novas mídias, como Marcelo Tas, Willian Bonner, Millor Fernandes e tantos outros.
Para a mestranda em comunicação e informação, Gabriela Zago a manifestação criada através das redes sociais, leva as pessoas a se expressarem no campo físico: "No on-line, o jovem toma conhecimento dos grandes problemas, e a discussão gerada nas redes sociais, estimula a fazer manifestações nas ruas, como foi o caso Sarney", explica. O caso Sarney ocorreu em meados do ano passado, quando o presidente do Senado José Sarney foi acusado de inúmeros favorecimentos a parentes em cargos em seu gabiente, além de outras denúncias. A revolta foi instantânea, principalmente no twitter, o tag #forasarney fico por várias semanas entre os assuntos mais comentados no microblog. Personalidades como Marcelo Tas e Marcos Mion se envolveram na manifestação, que chegaram as ruas graças a organização de usuários do twitter.
O Twitter ganhou destaque na grande mídia durante as manifestações ocorridas na Moldávia no início de 2009, em que os jovens organizaram-se por meio dessa ferramenta da web 2.0. A ferramenta também esteve presente no debate político e na movimentação da oposição durante as eleições presidenciais no Irã em 2009. Durante o Apagão elétrico no mesmo ano as primeiras informações das regiões atingidas pelo blecaute foi fornecida através dos usuários do Twitter, através de postagens via celular, e lida por emissoras de rádio que faziam plantão naquele momento. O ato de protesto gerado em frente a delegacia onde estava preso o ex-governador do Distrito Federal, José Arruda, foi organizado entre Orkut e twitter. A ONG Projeto Legal (uma das responsáveis por soltar um dos assassinos do menino João Hélio) teve que enviar pelo twitter uma DM (Direct Message) a todos os usuários que a criticava. Ou seja, as mídias sociais estão sendo usadas como ferramentas para unir grupos, tribos em volta de uma manifestação social. Ou Seja, Outros atos públicos, como o protesto gerado em frente a delegacia onde estava preso o Agora, primeiro acontece no mundo virtual e depois vai par ao real.
Política nas redes sociais
Outro fenômeno interessante nas redes sociais é vermos políticos como usuários da mesma, como o senador Sarney. Mesmo sendo arredio com a imprensa tradicional, o senador teve que se envolver nessa nova ´mania´, e para isso contratou jornalistas para dnfendê-lo das acusações. Os candidatos a presidência da república, como José Serra Dilma Rousseff e Marina Silva também são usuários assíduos do microblog. Mas ninguém até hoje na política soube usar tão bem a internet como Barack Obama.
Na última campanha presidencial Americana, o democrata Barack Obama, investiu cerca de 47 milhões de dólares na internet, o que em parte explica os 5 milhões de pageviews únicos obtidos em somente um vídeo postado no site oficial da campanha. Obama revolucionou a internet na campanha. Ele lançou o candidato à vice-presidência pelo Twitter. Tinha 150 mil pessoas acompanhando, hora a hora. Teve 92 milhões de acessos em seu portal. E no fim de 2009, contratou uma pessoa para trabalhar na Casa Branca para apenas gerenciar suas contas nas redes sociais, como também para moderar os comentários em seu portal.
No Brasil, apesar do grande número de políticos conectados a essas novas redes, eles ainda não conseguem extrair o melhor dessas novas mídias: o contato direto com o eleitor. "Estar presente nas redes sociais em 2010 não será o suficiente para colher sucesso nas urnas", adverte Gabriela Zago. "Será preciso montar estratégias criativas, inéditas e que trabalhem a customização das mensagens para públicos específicos, deixando de lado os boletins generalistas." Para ela, esse foi o grande trunfo da campanha eleitoral de Obama.
Do relevante ao banal
As redes sociais não abordam apenas assuntos sérios, mas também é o lugar de discussão sobre futebol, tv, entre outros temas. O reality show Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo, foi amplamente comentado e discutido no twitter. Eram feitas campanhas para um candidato ficar e outro ser eliminado, e o que foi mais curioso, é que a preferência do público virtual sempre prevaleceu no resultado final do programa. Isso tem explicação, foi a partir dessa edição que o voto pela internet começou a ter o mesmo valor do feito pelo telefone ou SMS, ou seja, este fato comprova que cada vez mais a TV e a internet estão se interagindo cada vez mais, mas segundo Gabriela, nunca uma substituirá a outra: "A internet veio complementar a televisão, o público vê um programa pela TV e faz comentários pela internet. A tendência é que a interatividade entre esses dois meios só aumente com o avanço da tecnologia".
É o melhor caminho?
Essa nova forma de manifestação poderá dar ao jovem brasileiro uma visão mais ampla e comprometida com o seu papel social e político? Só o fato de eles expressarem sua opinião já é válido, mas não custa lembrar a frase do escritor José Saramago: "Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido".
Welcome Message
Aqui nós trataremos um pouco sobre a vida no mundo virtual e no espaço publico. Até onde sua vida na intenet é privada? É correto empresas checarem o perfil do funcionário na web? Responderemos a todas essas questões para todos aqui no nosso BLOG AddMe+...
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Você também já pode conferir os programas da rádio Click Social.
Para ter acesso é só clicar no icone do SoundCoud ao lado, na barra da direita, ou no link abaixo
http://soundcloud.com/you/tracks
Lá você encontra as três primeiras edições da rádio Click Social que está dividida nas editorias Social, Psicológico e Jurídico.
No primeiro programa, o Social, você vai poder ouvir especialistas discutindo a importância de ter uma identidade digital nos dias de hoje e como a internet interfere no nosso dia a dia.
No segundo programa, o Psicológico, você vai poder acompanhar uma discusão de como o excessivo uso da internet pode prejudicar as relações sociais.
E no terceiro programa, o Jurídico, você fica por dentro do que é permitido e do que não se pode fazer na rede.
Confere lá e deixa a sua opinião aqui para a gente.
Já está em nosso canal do Youtube o programa Uninove Entrevista edição Add Me+.
Lá você pode conferir uma entrevista super interessante com o editor de conteúdo do site da Veja, Rafael Sbarai.
Ele conversou com a gente sobre o uso das redes sociais de modo pessoal, como as empresas podem utilizar essas redes e muitas outras coisas.
As perguntas do público também foram respondidas. Confere lá.
Para você poder ver isso e muito mais é só acessar:
http://www.youtube.com/user/addmeblog
Artistas como Lindsay Lohan, Britney Spears, Simony Galasso e Justin Bieber sabem muito bem dos benefícios e das dificuldades para manter uma carreira de sucesso
Quando o assunto são as crianças que muito cedo se tornaram celebridades, há incontáveis nomes de atores, dançarinos, cantores e apresentadores que já passaram pelas telinhas, mas muitos deles já foram engolidos pelo tempo e tiveram o brilho do sucesso apagado. Como é o caso da garota Debby, que se destacou no “Clube da Criança” em 1997, transmitido pela extinta TV Manchete. Debby passou pela “Turma do Didi” em 1999 e “Malhação”, na Rede Gobo, hoje já não ocupa mais espaço na memória dos telespectadores.
Quem se recorda de Daniboy, o mini Gugu Liberato, que trabalhou como assistente de palco do apresentador e ainda cantava no SBT? Do grupinho “Mulekada”, que virou febre no Programa Raul Gil, em 1999 com músicas e coreografias classificadas como uma espécie de “mini-É o Tchan”? A resposta é: Poucos!
Já a Turma do Balão Mágico é um dos primeiros nomes a serem lembrados pelos brasileiros quando cogitadas as palavras “artistas mirins”. Simony Galasso, Vimerson Benedicto, o Tob, Jair Oliveira, o Jairzinho, e Michael Biggs, o Mike, faziam parte desse grupo que compos o programa infantil Balão Mágico, apresentado na Rede Globo em 1983. Juntos, eles lançaram cinco albúns e cativaram a criançada e muitos adultos da época, mas com o fim do programa, perderam o prestígio do público, cairam no esquecimento e tiveram de mudar de profissão para sobreviverem.
A atriz Lindsay Lohan também iniciou sua carreira artística bem cedo, aos 11 anos, atualmente segue o triste caminho das celebridades que perderam o rumo porque não souberam lidar com a fama. Lindsay está na mídia há 12 anos e foi descoberta pelo mundo do cinema, porém carrega o peso do sucesso precoce o tempo todo em seu tornozelo. Por ser alcólatra, não conseguir controlar o consumo de drogas e ainda fazer atividades como dirigir nessas condições, a atriz é obrigada pela justiça de Bervelly Hills, na Califórnia, a usar um aparelho que monitora seu vício, para que não cause problemas à sociedade.
Quem segue por um caminho semelhante é a cantora Britney Spears, que também começou cedo sua carreira, aos 12 anos, e hoje enfrenta altos e baixos, como as inúmeras internações em clínicas de reabilitação.
De certo que a carreira artística de uma criança nem sempre precisa passar por situações como as comentadas, o jovem Justin Bieber, por exemplo, rende aplausos do público musical desde os 12 anos. Ainda adolescente, Bieber curte o sucesso e não dá bola para as fofocas que lhe rodeiam. Assim como o cantor, muitos outros jovens conseguem manter uma fama saudável, porém, o destino dos que já estão nas telinhas não é possível afirmar, pode-se apenas tentar contar o bom dinheiro que esses pequeninos conquistaram e ainda conquistam em poucos anos de trabalho.
Com apenas 8 anos, Maísa possui um currículo de causar inveja em qualquer adulto. Mas as vezes, se expor tão jovem não é o melhor caminho para seguir
Klara não foi a única a despertar a dúvida se a fama na infância é ou não saudável. Outra garotinha com a mesma idade, 8 anos, Maísa Silva, há cerca de dois anos se mantém como fenômeno na TV e na Internet por conta de pitorescas manifestações de espontaneidade quando está no ar.
Atualmente, Maísa apresenta o “Sábado Animado”, o “Domingo Animado” e, às sextas-feiras o “Bom Dia e Cia” no SBT. Ela foi descoberta em 2005, durante um quadro de calouros no Programa Raul Gil, na época transmitido pela Rede Record, e já chegou até mesmo a vencer Xuxa Meneguel, da Rede Globo, no Ibope. Mas, como os holofotes nem sempre mostram o lado bom do sucesso, Maísa precisou tirar férias das telinhas várias vezes por se expor demais.
Algumas das ocorrências mais graves ocorreram perante transmissões da menina junto ao apresentador e empresário, Sílvio Santos. Primeiro o Homem do Baú prendeu a garotinha numa mala de viagem, após a fez chorar ao levar ao palco um menino disfarçado de monstro, caso em que além de fazer Maísa chorar, ainda constribuiu para que ela batesse a cabeça em uma das câmeras. “O ECA explica que o vexame de Maísa fere o direito à liberdade e o respeito à dignidade da criança, que está ainda em desenvolvimento”, diz ainda a psicopedagoga. Diante das situações, o procurador da Justiça, Pedro Machado, enviou de imediato um ofício ao Ministério das Comunicações cobrando uma providência do órgão.
A novela transmitida pela Rede Globo Viver a Vida, de Manoel Carlos, chegou ao fim, mas deixou uma polêmica que persiste na cabeça de muitos pais que sonham em ver o rosto de seus filhos na televisão. Isto porque a atriz-mirim, de apenas 8 anos, Klara Castanho, interpretou a personagem Rafaela em diversas cenas como uma das principais vilãs da trama.
Durante a novela, Rafaela induziu várias vezes Dora (personagem interpretada por Giovanna Antonelli) a fazer coisas erradas. E diante dessas cenas o público foi levado a imaginar quais as consequências que a menina pode sofrer longe das telinhas por encenar uma personagem infantil de má índole e até que ponto o fato pode influenciar em seu comportamento e no de outras crianças.
Para a psicopedagoga especialista em Educação Infantil, Maria Matos, enfrentar uma rotina de trabalho precoce afeta severamente no sentido psicossocial da criança. “Durante a primeira infância, fase considerada pela psicologia infantil até os 12 anos de idade, uma criança não é capaz de tomar decisões concisas, por isso, ainda não tem direito de escolha” explica ela.
A psicopedagoga indaga ainda, que muita gente acaba ainda mais confusa na hora de distinguir qual trabalho é proibido para uma criança e qual é liberado. “Se o ECA luta contra o trabalho em meio a infância, como uma criança do sertão não pode trabalhar na roça para ajudar no sustento da família? Sendo assim, esta mesma criança também não poderia trabalhar num veículo de comunicação que transmite suas interpretações no período da noite, tem alcance de público nacional e até mesmo internacional, porque muitas novelas passam também no exterior”, salienta.
Direito na infância
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) é direto quando defende a erradicação do trabalho infantil, explica que a criança não está preparada emocionalmente para trabalhar e, sequer, ajudar na renda de sua família, porém, são inúmeros os casos em que os pequeninos são encontrados, seja na TV, numa passarela de desfile, na apresentação de programas ou mesmo no mundo da música.
A fama precoce de Klara leva muita gente a indagar qual a idade correta para uma pessoa engressar no mercado de trabalho. O artigo 7º, inciso XXXIII da Constituição Federal veda expressamente qualquer trabalho antes dos 14 anos de idade, sendo autorizado o trabalho apenas na condição de aprendiz para os menores com idades entre 14 e 16 anos. “Sabemos que os pais são os responsáveis por seus filhos, porém, não é hábito dos juízes punirem os pais que exploram seus filhos através de trabalho. As empresas que empregam é que acabam sendo punidas”, lembra a advogada que atua na área trabalhista, Debora Ramalho.
No Brasil, o trabalho infantil é considerado crime e algumas formas mais nocivas de trabalho infantil, de acordo com a advogada Ramalho, são punidas em especial e com mais severidade como; trabalho infantil escravo, que implica em trabalhos forçados, jornada exaustiva ou condições degradantes de trabalho; maus-tratos, que se trata de expor a perigo a vida ou a saúde de criança ou adolescente, sob autoridade, guarda ou vigilância, sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado; venda ou tráfego de menores; por fim, pornografia de menores e principalmente exploração da prostituição de menores, que é considerada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como uma das piores formas de trabalho infantil.
Para saber quais as atividades à menores são ou não permitidas é necessário recorrer a Lista TIP, que recebe este nome porque especifica as piores formas de trabalhos infantis. Nela consta que fica proibido a crianças e adolescentes, conforme Decreto 6481/08, dirigir e operar tratores, máquinas agrícolas e esmeris, quando motorizados e em movimento; colheita de cítricos, pimenta malagueta e semelhantes; produzir fumo, algodão, sisal, cana-de-açúcar e abacaxi; extrair e cortar madeira; fundições em geral; dentre inúmeras outras funções consideradas prejudiciais à formação, ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e social do menor. “No caso dos menores que trabalham nos meios televisivos, entende-se como exceção, uma vez que o trabalho não é contínuo, ou seja, não há gravação todos os dias”, lembra a advogada.
Diante do entendimento, a Lei 10.097, de 19 de dezembro de 2000, alterou vários dispositivos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e, com isso, tornou-se uma das principais normas que regulamentam o Contrato Especial de Aprendizagem. Mas, quando o assunto é trabalho infantil nos veículos televisivos, a lei deixa falhas e se torna omissa. “Tendo em vista essa omissão, em 2007 foi criada uma comissão de procuradores para definir regras para o trabalho artístico infantil. Entre elas estão a necessidade de alvará judicial, respeito à vida escolar e abertura de poupança em nome da criança para depositar parte do lucro, dentre outras regras”, exemplifica Ramalho.
As atividades que Klara Castanho, assim como as diversas crianças e jovens exercem nas telinhas, são permitidas e supervisionadas por lei, porém, a psicopedagoga, lembra ainda que mesmo assim os pais e/ou responsáveis deveriam pensar muito bem antes de quererem o sucesso precoce para seus filhos, pois as consequencias vão além da àrea jurídica, elas interferem em fatores sociais e psicológicos também. “O público que acompanha o trabalho de uma criança na mídia pode se confundir e assimilar que a personagem possui a mesma índole do papel que interpreta na TV, na vida real”, observa. Para ela, algumas das consequências de se iniciar uma carreira cedo demais são, sofrer o famoso bulling na escola e nas ruas, distúrbios e síndromes mentais, entre muitos outros.
Com o surgimento da web 2.0 se tornar famoso deixou de ser coisa somente de cantores e artistas de cinema e novela. Qualquer um que faça uma coisa engraçada, bizarra ou que mostre talento em um vídeo na rede pode ter seus 15 minutos de fama. “Para eu seguir um perfil tem que ter coisas interessantes, mas não maçante. Tem que ser algo engraçado, com sacadas inteligentes e que tenha o mesmo gosto que eu”, explica a assídua usuária da internet Karen Menezes.
A fama deixou de ser medida pela quantidade de cartas recebidas, pelo número de fã clubes, pelos discos vendidos ou pela audiência e passou a ser contada a partir do número de acessos ou de seguidores. “Se você tem muitos seguidores, a pessoa que encontrar seu perfil perceberá que você tem popularidade e vai analisar os seus posts para ver se você tem um bom conteúdo e se vale a pena seguir”, comenta Karen.
Um exemplo é Susan Boyle, cantora escocesa que recentemente lançou seu primeiro cd, I Dreamed A Dream, que não se tornou famosa por sua participação no programa Britain Got Talent, programa britânico de talentos. Mas sim, pelos mais de 100 milhões de acessos que o vídeo de sua apresentação teve no site Youtube.
Susan não ganhou o programa, mas mesmo assim conseguiu assinar um contrato com a gravadora Sony Music e já possui uma página na Wikipedia, enciclopédia feita pelos internautas, prova de sua imensa popularidade na web.
Um caso brasileiro é o da piauiense Stefhany, de 18 anos, que ficou famosa após colocar vídeos caseiros, também, no Youtube, onde faz suas próprias versões de músicas internacionais como “A Thousand Miles”, de Vanessa Carton, que se tornou “Eu Sou Stefhany”.
“No Youtube eu gosto de ver clipes musicais. Então, eu procuro vídeos de artistas conhecidos e de outros nem tão conhecidos. Às vezes ouço uma música em um filme ou seriado, acho legal, pesquiso, vejo vídeos e até sigo no Twitter ou viro fã no Facebook. Um exemplo bem legal é a cantora canadense Nat Jay, ouvi uma música em uma série, pesquisei e segui no Twitter”, diz Karen comprovando que a fama vem muito mais fácil pela internet.
E a TV como fica?
Percebendo esse movimento algumas emissoras de televisão começam a ficar preocupadas com o que esse crescimento da web pode ocasionar em perca de espaço e começam a trazer os sucessos da web para a televisão. “Hoje em dia você encontra tudo na internet, inclusive programas de TV, episódios de novela. Eu gosto muito de ver filmes, documentários e jornais. Por isso não vejo muito TV”, afirma Karen.
“Não creio que a Internet assuste, apesar de eu achar que deveria assustar, a mídia tradicional que vendeu seu peixe durante muito tempo dolarizando a audiência. Esse ativo está mudando de mãos e se fragmentando. Em algum tempo o discurso da audiência será vazio e eles terão de bater na tecla da qualidade o que para alguns veículos sensacionalistas e de gosto duvidoso não fará o menor sentido”, opina o diretor de operações da Polvora! Comunicação, consultoria especializada em mídias sociais e também um dos blogueiros mais conhecidos do Brasil, Edney Souza.
Quem deu o ponta pé inicial foi a MTV. A emissora do grupo Abril, voltada para o público jovem, trouxe para sua seleção de VJs blogueiros de sucesso.
A primeira a ser contratada foi Marimoon, que ganhou fama cibernética ao criar um fotolog onde inicialmente expunha fotos suas e, posteriormente, passou a vender as roupas que ela mesma criava. Em 2008, a blogueira ganhou o comando do programa Scrap MTV, onde dá dicas de música e internet. Hoje, a moça também apresenta outro programa, o Acesso MTV.
“A Marimoon, por exemplo, é uma pessoa super educada e atenciosa com seus fãs. Creio que a TV foi uma mudança positiva porque ela conseguiu lidar com essa demanda de atenção por parte de seu público, mas não necessariamente seria positivo para qualquer um que tem fama digital, gerenciar sua fama implica em custos que nem todos estão preparados para pagar”, explica Souza.
Outras apostas da emissora foram os blogueiros Didi Ferreira, Marina Santa Helena, do site Chiqueiro Chique, e Thiago Borbolla (Borbs), criador do site Judão.
“A audiência está se fragmentando, encontrar esses novos atores sociais e mixar trabalho da TV com o deles é uma forma de atrair para si a atenção que estava sendo dedicada a outros canais” conclui Souza.
Para bombar na internet
Pensando em como ajudar você que também quer “bombar” na internet a reportagem da AddMe+ foi atrás de algumas dicas.
O jeito mais fácil e rápido de ficar famoso na rede é através de vídeos de humor. Vídeos curtos, de até um minuto e meio, são os mais vistos pelos brasileiros.
Paródias, imitações, situações constrangedoras e bizarrices são os assuntos que mais atraem os internautas. Mas vale lembrar que a fama desses vídeos, apesar de alcançar milhões de visualizações, dura até o próximo vídeo mais engraçado que o seu. “Muitas pessoas desaparecem após os 15 minutos de fama porque não tem um talento consistente, fizeram algo interessante em suas vidas, mas não conseguiram repetir a dose. Outro motivo é a falta de tato em lidar com o assédio público, fama é busca pela atenção, porém quando você receber tem de corresponder”, afirma Souza.
Mas com um conteúdo bom e interessante é possível se destacar dos demais nas redes de relacionamento como Orkut, Twitter e Facebook, além dos blogs. Selecionamos quatro dicas super interessantes dadas por Souza para você ter milhões de acessos.
1) Escolha uma mídia e faça o seu melhor nela. Temos celebridades na internet que nasceram da criação de blogs, fotologs, vídeos e podcasts. A estratégia mais eficiente é sempre se concentraram em um único tipo de canal, usando os demais apenas como suporte, ou seja, você provavelmente terá um blog para divulgar seu podcast ou uma conta no YouTube para upload de vídeos a serem divulgados no seu blog. Porém, você tem de definir qual deles é o seu principal canal e focar nele
2) Divulgue o seu trabalho para 10 amigos. Pessoas que você já conhece bem e pergunte se elas enviaria para todos os seus contatos o seu conteúdo. Em caso negativo pergunte o porque e faça uma lista do que tem de melhorar. Se nem com as pessoas com as quais você já se relaciona você conseguir estabelecer esse diálogo transparente então você terá muito problema ao lidar com desconhecidos.
3) Interaja com os hubs sociais (um determinado blogueiro, twitteiro ou comunicador não apenas capaz de fazer sua opinião ser lida por diversas pessoas, mas principalmente repercutida) da sua área. Pergunte, opine, se aproxime. Não fique bajulando nem tentando vender seu peixe toda hora. Se seus comentários ou perguntas forem interessantes esse hubs naturalmente buscará se informar mais sobre o seu trabalho. Ele chegou até onde está descobrindo coisas interessantes para compartilhar com suas conexões, ele tem um faro para isso e uma hora perceberá o seu trabalho. Se ele nunca compartilhar, no mínimo você se tornará tão amigo e em determinado momento conseguirá fazer com que ele emita uma opinião sincera do seu trabalho, mas acredite, dificilmente ele fará essa avaliação para um desconhecido na primeira abordagem.
4) Domine a tecnologia das principais ferramentas do momento mas não confunda seus usuários com excesso de opções. Todo blog deve ter feeds completos para que os usuários compartilhem seus posts. E todo post deve ter ferramentas para que seus usuários enviem para o Twitter, Orkut e Facebook. Escolha uma meia dúzia de ferramentas e evite aquelas barras com duas dúzias de ícones de ferramentas que ninguém usa no Brasil, como, por exemplo, o Digg (site norte-americano que reúne links para notícias, podcasts e videos enviados pelos e avaliados pelos próprios usuários).
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